Reajuste entra em vigor em 10 de maio. Já a redução da tarifa prometida pelo governador com a privação da Sabesp vai atingir apenas 7% da população. Para a maioria, corte será de até 1%
O anúncio feito pelo governador Tarcísio de Freitas de que, com a privatização da Sabesp as contas de água ficariam 10% mais baratas vai atingir a minoria dos paulistas. Esse índice será aplicado na tarifa de 7,41% da população, ou 959 mil usuários de baixa renda. Já para os 92% restantes, o desconto será entre 0,5% a 1%.
Os números foram detalhados no projeto de lei sobre a privatização aprovado nesta quinta-feira (2) pela Câmara Municipal de São Paulo. A Sabesp tem quase 12,9 milhões de clientes no estado. Desse total, 403 mil são considerados em situação vulnerável e 555 mil, ou seja, beneficiários da tarifa social. Esses dois grupos serão contemplados com a redução de 10% na conta anunciada por Tarcísio, enquanto o restante, 11,09 milhões de clientes (92,6% do total), receberão 1% de redução na conta, no caso de usuários residenciais, e 0,5% para usuários comerciais e industriais.
Mas, antes do desconto entra em vigor, a tarifa vai subir. Em 10 de maio, será aplicado um reajuste de 6,4% para todos os consumidores atendidos pela empresa. O reajuste anual é aplicado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp).
A privatização da Sabesp já está aprovada na Assembleia Legislativa de SP (Alesp) desde dezembro do ano passado. Mas como a cidade de São Paulo é o maior cliente da empresa no estado, a gestão municipal precisa autorizar a alteração da empresa a partir do momento em que ela for privatizada. O projeto foi aprovado em segunda votação na Câmara e sancionado pelo prefeito Ricardo Nunes nesta quinta-feira.
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