Por: LUSA
A líder da oposição venezuelana, Maria Corina Machado, pediu aos compatriotas para que permaneçam nas assembleias de voto para acompanhar a contagem dos votos nas eleições presidenciais de domingo.
“Queremos pedir a todos os venezuelanos que fiquem nas assembleias de voto, que estejam lá para ver. Lutámos todos estes anos por este dia, estes são os minutos cruciais”, disse Machado, ao lado do candidato à presidência Edmundo Gonzalez Urrutia, numa declaração pública feita a partir da sede de campanha em Caracas.
Edmundo Gonzalez Urrutia, de 74 anos, afirmou estar “mais do que satisfeito com o dia”, sem avançar quaisquer números.
Cerca de 21 dos 30 milhões de venezuelanos foram chamados às urnas no domingo para escolher entre 10 candidatos, mas a disputa presidencial será entre dois nomes: o atual Presidente Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela), herdeiro do antigo líder Hugo Chávez e que procura conquistar um terceiro mandato consecutivo de seis anos, e Edmundo Gonzalez Urrutia (Plataforma Unitária Democrática), um diplomata reformado que substituiu na corrida eleitoral a carismática líder da oposição Maria Corina Machado, declarada inelegível pelas autoridades de Caracas.
Na reta final da campanha, Maduro, de 61 anos, considerou que uma vitória da oposição podia originar “um banho de sangue”, enquanto a coligação opositora prometeu lutar “até ao fim”.
Mergulhado numa crise económica sem precedentes, sete milhões de venezuelanos fugiram do país, que conta com uma significativa comunidade de portugueses e de lusodescendentes.
A maioria da população do país vive com alguns dólares por mês e os sistemas de saúde e de educação estão completamente degradados.
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