Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o ex-jogador, condenado na Itália, cumpra sentença no Brasil
O ex-jogador de futebol Robinho foi detido pela Polícia Federal, na noite desta quinta-feira, no prédio em que mora, em Santos. Agentes da Polícia Federal efetuaram a prisão após a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir que ele deve cumprir, no Brasil, a pena de 9 anos pelo crime de estupro coletivo, pelo qual foi condenado pela justiça da Itália.
O crime aconteceu no País europeu, em 2013, quando o jogador defendia o Milan. Nove anos depois, a justiça italiana condenou Robinho em última instância. Como ele já estava no Brasil, não foi detido, pois a legislação nacional impede a extradição de brasileiros natos para cumprimento de penas no exterior.
Em novembro, o Ministério Público Federal (MPF) defendeu, em manifestação ao STJ, que ele cumprisse a pena em solo brasileiro. Em sessão virtual, nesta quinta-feira, os ministros do Superior Tribunal de Justiça decidiram pela condenação a 9 anos por estupro coletivo, em regime fechado e com homologação da decisão, o que levou à prisão imediata.
Os advogados do ex-atleta também ingressaram com um habeas corpus ao Supremo Tribunal Federal (STF), na manhã desta quinta-feira, para impedir a prisão até que se encerrem as possibilidades de recurso. Mas o ministro Luiz Fux negou o pedido de liminar.
Relembre o caso
Robinho foi condenado após ter estuprado, junto com outros cinco homens, uma mulher albanesa em uma boate em Milão. A vítima estava inconsciente devido ao consumo de álcool. Os outros 4 envolvidos também foram condenados. Todos alegam que a relação foi consensual.
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