Deputada é apontada como mandante do crime, que envolveu falso mandado de prisão contra Alexandre de Moraes. Agora, caso está nas mãos do STF
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, denunciou nesta terça-feira (23) a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto no âmbito da investigação da invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Zambelli foi denunciada como mandante do crime, que inclui inserção de documentos e um falso mandato de prisão contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes, no sistema. Agora, a primeira turma do Supremo, composta pelo próprio Moraes (presidente) e pelos ministros Cármen Lúcia, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino irá decidir se recebe a denúncia após a manifestação da defesa.
O texto também afirma que Zambelli e Delgatti “buscavam obter vantagem de ordem midiática e política, que adviria do projeto de desmoralização do sistema de Justiça”.
A invasão do site do CNJ, segundo investigação da Polícia Federal, aconteceu em novembro de 2022. Já em 4 de janeiro de 2023, Delgatti inseriu documentos falsos no sistema do órgão, como um mandado de prisão contra Moraes assinado pelo próprio magistrado. Ele está preso desde agosto por causa da investigação do hackeamento e, em depoimento à PF, confessou o crime e relatou a participação da deputada federal.