Ex-procurador foi condenado a indenizar petista por danos morais em apresentação de denúncia sobre triplex, que ficou conhecida como caso do Power Point
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou na segunda-feira (22) recurso para anular decisão que condenou o ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol a pagar R$ 75 mil em indenização por danos morais ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com juros, indenização deve ficar em pouco mais de R$ 100 mil.
O episódio ficou conhecido como caso do Power Point, em que Dallagnol utilizou um arquivo do programa para apresentar denúncia contra o petista. Durante uma entrevista coletiva, em 2016, o então procurador, que na época comandava a operação Lava Jato, no Paraná, usou uma ilustração em que o nome de Lula aparecia no centro da tela cercado por 14 expressões como “petrolão” e “perpetuação criminosa no poder”.
A defesa do ex-presidente foi à Justiça, alegando que Dallagnol agiu de forma abusiva e ilegal ao apresentar Lula como personagem de esquema de corrupção, o que configuraria um julgamento antecipado, e que o PowerPoint tratou do crime de organização criminosa, o que não fazia parte da denúncia em questão.