Jean-Luc Mélenchon, líder do partido de esquerda radical França Insubmissa, foi o primeiro a falar nesta noite eleitoral. Mélenchon sublinhou que “o Presidente tem o dever de chamar a Frente Popular para governar”, repetindo que a aliança das esquerdas “está pronta para governar”.
Por: Cristiana Soares com AFP
“Esta noite a União Nacional está longe de ter a maioria absoluta”, regozijou-se Mélenchon acrescentando que, a confirmar-se, este resultado representa “um imenso alívio para milhões de pessoas que constituem a nova França“.
Jean-Luc Mélenchon sublinhou que agora “a vontade do povo deve ser confirmada“. “O Presidente [Emmanuel Macron] deve inclinar-se” perante os resultados da esquerda. reiterou que o “primeiro-ministro [Gabriel Attal] deve ir embora (…) e o Presidente tem o dever de chamar a Frente Popular para governar”, repetindo que a aliança das esquerdas “está pronta para governar“.
A Nova Frente Popular, aliança das esquerdas, aparece à frente da sondagem Ipsos Talan para France 24/RFI, France Television, Radio France, LCP, com a obtenção de 172 a 192 lugares na Assembleia Nacional. Segue-se a lista presidencial Juntos com 150 a 170 assentos. em terceira posição o partido de extrema-direita União Nacional com a eleição de 132 a 152 deputados.
Desenha-se agora uma Assembleia Nacional dominada pela Nova Frente Popular, mas dividida em vários blocos polarizados.
Os franceses elegeram, este domingo, 501 deputados, depois de na primeira volta já terem sido eleitos 76 deputados. Dos deputados eleitos para ocupar os 577 lugares do hemiciclo, 39 são das fileiras do partido de extrema-direita União Nacional e aliados, 31 são apoiados pela Nova Frente Popular, dois da coligação presidencial e um do partido de direita tradicional Os Republicanos.