Serão 6 pórticos de cobrança automática no trecho entre São Paulo e Cotia, incluindo Osasco. Movimento contrário ao projeto reúne moradores e entidades do Butantã e Granja Viana
O projeto Nova Raposo, que prevê a concessão à iniciativa privada do trecho inicial da rodovia Raposo Tavares, entre São Paulo e Cotia, está encontrando resistência popular. Um dos principais motivos é a implantação de pedágios – serão 6 pórticos de cobrança automática, incluindo também Osasco
Na semana passada, representantes de 77 entidades lançaram o manifesto “Nova Raposo, não!” em que pedem a reabertura das consultas públicas sobre o projeto da gestão Tarcísio de Freitas. A pedido de moradores, a deputada Marina Helou (Rede) protocolou representação no Ministério Público de São Paulo (MP-SP) pedindo a paralisação do projeto.
Além disso, no último dia 14, cerca de 60 pessoas participaram de uma reunião online de emergência convocada por diversas entidades, entre elas a Rede Butantã e a Rede Ambiental Butantã, além de conselheiros do Cades Butantã e do Conselho Participativo Municipal, para discutir a proposta.
Já o Conselho Municipal de Política Urbana (CMPU) divulgou nota de repúdio assinada por seis conselheiros regionais, alegando que a consulta pública sobre o projeto teve “pífia divulgação” e não realizou audiências públicas para dar conhecimento do projeto à população de São Paulo. Os conselheiros pedem que o processo seja reiniciado.
Ambientalistas e associações da Granja Viana, em Cotia, também se mobilizam para acionar o Ministério Público pedindo uma nova discussão sobre o projeto.
O governo realizou duas audiências públicas sobre a proposta. A primeira, em formato híbrido (presencial e online), foi no dia 28 de março, no auditório do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), na capital. A outra, dia 3 de abril, foi na Câmara de Vargem Grande Paulista.