Ex-juiz da Lava Jato e senador responde por abuso de poder econômico na pré-campanha eleitoral de 2022
O relator de duas ações no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) que pedem a cassação do senador Sergio Moro (União Brasil) votou nesta segunda-feira (1º) contra a perda do mandato pelo parlamentar. O julgamento será retomado nesta quarta-feira (3).
Moro, que também é ex-juiz da Operação Lava Jato, responde por abuso de poder econômico na pré-campanha eleitoral de 2022. O desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza entendeu que as acusações não procedem e que o cargo conquistado por Moro no Senado deve ser mantido. O relator discordou das alegações de que houve gasto excessivo no período da pré-campanha.
Os pedidos de cassação foram feitos pelo PL e pela coligação PT/PcdoB/PV, sob alegação de que despesas de eventos realizados por Moro em outros estados, durante a pré-campanha à presidência, ainda pelo Podemos, são consideradas como pré-campanha ao Senado, embora, durante o processo, ele tenha também mudado de legenda, para o União Brasil.
Para o relator, houve diferenciação das intenções. “Todas as despesas realizadas pelos investigados quando filiados ao Podemos devem ser vistas sob o viés da pré-campanha presidencial e seus limites. E nelas não se vê nada de relevante a ponto de revelar gasto excessivo ou abuso de poder econômico, porque realizadas para uma eventual e frustrada candidatura à Presidente da República”, afirma a minuta do voto.
Além do relator, outros seis desembargadores irão votar. Independente do resultado, cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
