Detran conta com uma Central de Dublês, que resolve mais de um caso de fraude por dia a partir de mapeamento de veículos suspeitos
Criada há pouco mais de dois meses, a Central de Fiscalização de Veículos Dublês do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) vem tirando, em média, um carro dublê por dia das ruas paulistas a cada dia. Formada por cerca de 20 profissionais, a central apura notificações de suspeitas de clonagem feitas por motoristas que recebem notificações de multas de trânsito de locais por onde sequer transitaram.
O proprietário de veículo que passar por essa situação precisa procurar o serviço apresentando a placa original, documentos pessoais e de propriedade, fotos laterais, traseira e dianteira do veículo, vistoria válida, além dos autos de infrações indevidas que levaram à suspeita e as cópias dos recursos apresentados aos órgãos autuadores em relação a essas mesmas infrações. As denúncias podem ser apresentadas num posto do Poupatempo ou do Detran-SP em qualquer município.
A partir desse registro, é feita checagem para verificar se houve erro de digitação ou de sistema para a infração indevida. Se não for esse o caso, é feito o levantamento de outras infrações que o veículo dublê tenha motivado. A Central de Dublês tem também acesso à ferramenta Alerta Brasil, utilizada para busca de veículos com alerta de furto pela Polícia Rodoviária Federal e que reúne e processa registros de circulação de veículos suspeitos com base em imagens captadas por câmeras e radares.
Cruzando todos os dados disponíveis, os profissionais da central conseguem montar o “mapa de calor” com possíveis lugares de trânsito do veículo suspeito. Essas indicações são repassadas diretamente para a Guarda Civil Metropolitana, Polícia Civil ou Militar ou Polícia Rodoviária Federal, que têm como providenciar uma ação para interceptação do suspeito.