Condição aumenta os riscos de doenças cardiovasculares, como AVC. Alimentação saudável e prática de exercícios físicos são formas de controle
De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), foram registrados 827 atendimentos ambulatoriais pelo SUS (Sistema Único de Saúde) paulista a pacientes com colesterol alto de janeiro a maio deste ano, contra 586 no mesmo período de 2023, representando um aumento de 41%. Somente no ano passado, 41.465.940 comprimidos de medicamentos foram dispensados para tratamento de hipercolesterolemia, nome científico dessa condição.
Por se uma doença silenciosa e que não apresenta sintomas, a hipercolesterolemia só é detectada em exames de sangue, por isso há a necessidade do monitoramento constante.
Já seu desenvolvimento está associado a questões como alimentação rica em gorduras saturadas, excesso de peso, diabetes, tabagismo, sedentarismo e estresse. O cardiologista Carlos Eduardo Vilhena Favato, do Hospital Geral de Itapecerica da Serra (HGIS), explica que o fator hereditário também influencia, portanto indivíduos com predisposição genética devem ter cuidado redobrado.
“A genética pode estar relacionada ao colesterol, mas na grande maioria dos casos, o desenvolvimento da doença está associado à ingestão alimentar errada, ausência de exercícios físicos e obesidade. Com a alimentação, por exemplo, é importante se atentar a alimentos com gordura trans, encontrada na margarina, e demais alimentos industrializados como salgadinhos”, alerta o especialista.