Inadimplência e endividamento das famílias com bancos também seguem em patamar elevado
A taxa média de juros cobrada pelos bancos em operações com pessoas físicas e empresas subiu 0,6 ponto percentual em novembro deste ano e fechou o mês em 46,7% ao ano. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (26) pelo Banco Central (BC).
O juro foi calculado com base em recursos livres – ou seja, não inclui os setores habitacional, rural e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

De acordo com o BC, a taxa média de juros cobrada nas operações com empresas recuou de 25,1% ao ano, em outubro, para 24,5% ao ano em novembro. Já nas operações com pessoas físicas, os juros subiram de 58,5% ao ano, em outubro, para 59,4% ao ano em novembro. Esse é o maior patamar desde agosto de 2017 (62,3% ao ano).
No cheque especial das pessoas físicas, a taxa de juros subiu de 139,1% ao ano, em outubro, para 141,7% ao ano em novembro. A variação foi de 2,6 pontos percentuais. E a taxa média de juros cobrada pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo, por sua vez, avançou de 439,8% ao ano, em outubro, para 440,5% ao ano em novembro deste ano. A alta foi de 0,7 ponto percentual.
Com isso, a taxa do cartão de crédito rotativo segue cima de 400% ao ano, configurando a linha de crédito mais cara do mercado financeiro.
Os números do BC apontam ainda que o volume total do crédito bancário em mercado subiu 0,9% em novembro, para R$ 7 trilhões. Houve aumento de 0,3% no crédito às pessoas jurídicas, para R$ 2,6 trilhões de saldo total, e de 1,2% no crédito às pessoas físicas, para R$ 4,4 trilhões. Os destaques no crédito livre às famílias em novembro foram cartão de crédito total (+1,1%); financiamento para aquisição de veículos (+2,3%); cartão de crédito à vista (1,7%).
Além disso, nas operações com pessoas físicas, a inadimplência permaneceu em 4,7%, enquanto a inadimplência das empresas recuou de 2,4%, em outubro, para 2,3% em novembro. Já o endividamento das famílias com os bancos atingiu 49,3% da renda acumulada nos doze meses até outubro, maior valor desde novembro de 2022.







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