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Economia

IGP-M, que reajusta os aluguéis, fecha 2025 em queda de 1,05%

Imagem: IA por José Inácio Pilar

Com queda puxada pelos preços no atacado, índice acumulou deflação de 1,05% em 2025, mas aluguéis podem seguir em alta por causa de contratos atrelados ao IPCA e às condições do mercado imobiliário

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), popularmente conhecido como a inflação do aluguel, encerrou 2025 em queda, após um ano marcado por oscilações nos preços. Em dezembro, o indicador recuou 0,01%, depois de ter registrado alta em novembro, e acumulou deflação de 1,05% no ano, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). 

O resultado foi influenciado principalmente pelo comportamento dos preços no atacado, que têm maior peso na composição do IGP-M. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), responsável por 60% do cálculo do indicador, caiu 0,12% em dezembro, revertendo o movimento observado em novembro, quando havia subido 0,27%. No acumulado de 2025, os preços ao produtor registraram queda de 3,35%.

Apesar da deflação do IGP-M no acumulado do ano, os preços ao consumidor seguiram em alta moderada ao longo de 2025, com pressões concentradas principalmente em serviços e habitação.

Embora o IGP-M tenha encerrado 2025 em deflação, não há relação direita com a queda nos preços dos aluguéis. Isso porque nos contratos que utilizam o índice como indexador, o reajuste costuma ocorrer uma vez por ano, com base na variação acumulada dos 12 meses anteriores. Quando o IGP-M fica negativo, o reajuste pode ser menor ou até resultar em redução do valor, desde que essa possibilidade esteja prevista em contrato. Por outro lado, muitos contratos de aluguel firmados nos últimos anos deixaram de usar o IGP-M como referência e passaram a adotar o IPCA, que segue em trajetória de alta.

Portal Regiao Oeste

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