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Saúde

Brasil registra primeiras mortes por febre oropouche no mundo

Os casos são de mulheres do interior da Bahia. Embora possa causar complicações sérias, casos graves são raros

O Ministério da Saúde confirmou, nesta quinta-feira (25), duas mortes por febre do oropouche no país. Foram também os primeiros casos fatais da doença no mundo.

A doença é transmitida principalmente pelo mosquito conhecido como “maruim” ou “mosquito-pólvora” e tem sintomas parecidos com o da dengue, mas no geral os casos são de baixa gravidade.

As mortes confirmadas foram as de mulheres do interior da Bahia, com menos de 30 anos, sem comorbidades. Elas apresentaram sintomas semelhantes a um quadro de dengue grave.

Ainda de acordo com o ministério, os óbitos foram registrados em maio e junho deste ano, mas as confirmações demoraram porque foram necessários diversos exames para identificar a causa.

Em 2024, foram registrados 7.236 casos de febre do oropouche, em 20 estados brasileiros. A maior parte das ocorrências foi contabilizada no Amazonas e em Rondônia.

O ministério investiga também um óbito pela doença em Santa Catarina e foi descartada uma morte relacionada à febre do oropouche no Maranhão. Em Pernambuco, a Secretaria Estadual de Saúde investiga se a infecção pela doença pode ter causado a interrupção de quatro gestações.

Saiba mais sobre a doença

A febre do oropouche é transmitida principalmente por mosquitos. Depois de picarem uma pessoa ou animal infectado, os mosquitos mantêm o vírus em seu sangue por alguns dias. Quando esses mosquitos picam outra pessoa saudável, podem passar o vírus para ela.

Os sintomas são parecidos com os da dengue e da Chikungunya, como febre, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarréia. O diagnóstico envolve uma avaliação clínica, epidemiológica e laboratorial. Não há tratamento, mas a maioria dos casos não é grave. Já os que envolvem complicações podem causar meningite ou encefalite, que afetam o sistema nervoso central.