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Morreu Brigitte Bardot, ícone do cinema francês

Brigitte Bardot

Brigitte Bardot, ícone do cinema francês dos anos 50 e 60, morreu aos 91 anos. A notícia foi dada, este domingo, pela Fundação Brigitte Bardot.

Por: RFI

Brigitte Bardot foi um dos rostos do cinema francês dos anos 50 e 60 e uma estrela mundial que representou a liberdade sexual, o desejo e o inconformismo de uma época.

Nascida em Paris, em 1934, numa família católica e conservadora, Brigitte Bardot estudou ballet e trabalhou como modelo ainda adolescente, tendo sido capa da revista Elle aos 15 anos. Estreou-se no cinema em 1952, com “Le Trou Normand”, mas foi em 1956 que se tornou mundialmente conhecida com “Et Dieu… créa la femme” [“E Deus Criou a Mulher”], um filme feito para ela pelo primeiro dos quatro maridos, o realizador Roger Vadim. Passou, então, a simbolizar a imagem de mulher livre, sensual e independente que viria a ser apontada pela filósofa feminista Simone de Beauvoir.

B.B., como ficaria conhecida, trabalhou com os principais nomes do cinema de então, desde Jean-Luc Godard, em “Le Mépris” [O Desprezo“] (1963), mas também Louis Malle, Jean Cocteau, Kirk Douglas e James Stewart.

Além de actriz e modelo, Brigitte Bardot cantou e imortalizou algumas das músicas mais conhecidas da “chanson française”, como “Bonnie and Clyde “ e “Je t’aime moi non plus” com Serge Gainsbourg.

Em 1973, cansada da fama que descreveu como “formidável e insuportável”, põe um ponto final abrupto na sua carreira para se dedicar quase exclusivamente à defesa dos direitos dos animais, criando, em 1986, uma fundação nesse sentido.

Com o passar do tempo, virou-se para a extrema-direita, com declarações contra os homossexuais, os imigrantes e tendo sido condenada por incitamento ao ódio racial e obrigada a pagar uma multa de cinco mil euros por declarações islamofóbicas. Nas presidenciais de 2012, ela apoiou publicamente Marine Le Pen. Viveu os últimos anos na sua residência de La Madrague, em Saint-Tropez, rodeada de animais.

Em comunicado da presidência francesa, pode ler-se que “Deus recriou a mulher através de Brigitte Bardot“, uma “estrela absoluta do cinema francês e internacional, figura feminina no imaginário da Nação”. “O Presidente e a sua esposa louvam uma atriz imensa, uma militante livre, um ícone que fez bater o coração de todos e incarnou o sonho francês”, aponta o texto.

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