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Cotidiano

Crianças de férias: cuidado com as intoxicações acidentais

Produtos de limpeza e medicamentos ingeridos acidentalmente são as principais causas

O período de férias escolares não é só sinônimo de brincadeira e diversão. Com a garotada em casa, os pais devem redobrar a atenção com acidentes, como no caso de intoxicação.

Dados da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) mostram que os acidentes mais frequentes envolvem medicamentos, produtos de limpeza e alimentos. Em 2023, foram registradas, entre crianças de até 14 anos de idade, 538 internações hospitalares por remédios, 137 por produtos químicos e 32 por alimentos.

A pediatra do Hospital Leonor Mendes de Barros, Cynthia Parras, explica como ocorre a intoxicação. “O processo parte do contato com substâncias químicas, seja por ingestão, aspiração ou introdução. O componente tóxico pode entrar em contato com a boca ou a pele, como no caso do manuseio inadequado de detergentes, sabão, colas e adesivos.”

Até mesmo o uso excessivo de produtos como água sanitária durante a limpeza da casa pode causar a inalação do componente pela criança, levando ao fechamento das vias respiratórias e, consequentemente, à intoxicação pelo gás presente na fórmula.

Entre os principais sintomas que ajudam a identificar uma intoxicação estão vômito, dificuldade para respirar, salivação excessiva, mudança na cor dos lábios, confusão mental, sensação de queimação em um dos órgãos e desmaios.

Confira os principais cuidados para evitar esse tipo de acidente:

– Manter produtos de limpeza e demais produtos tóxicos guardados fora do alcance de crianças e, preferencialmente, em armários trancados;

– Não armazenar medicamentos vencidos e de fácil acesso;

– Utilizar inseticidas e raticidas com cuidado;

– Orientar as crianças a não tocarem ou colocarem produtos, plantas e alimentos desconhecidos na boca;

– Guardar alimentos separados dos produtos de limpeza e venenos.

O que fazer em caso de intoxicação?

Caso tenha suspeita de intoxicação, procure imediatamente um serviço de emergência mais próximo de sua casa, como uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Além disso, é importante não provocar vômito na tentativa de expelir o produto e nem fazer respiração boca a boca caso a criança tenha ingerido a substância. Em caso de contato com os olhos,  é preciso lavar a área com água corrente durante 15 minutos. Já ao 

dirigir-se à unidade de emergência, os pais devem levar a embalagem do produto, remédio ou planta com a qual houve contato.

Portal Regiao Oeste

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