Prazo foi dado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, já que hospedagem do ex-presidente aconteceu após apreensão de passaporte, em meio a inquérito sobre tentativa de golpe
O ex-presidente Jair Bolsonaro tem prazo de 48 horas, contadas a partir da tarde de segunda-feira, dia 25 de março, para explicar por que passou duas noites na embaixada da Hungria, em Brasília. O prazo foi dado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, já que a hospedagem ocorreu após a apreensão do passaporte do ex-presidente, como parte do inquérito, do qual é relator, sobre a tentativa de golpe de Estado, em 8 de janeiro de 2023.
Há suspeita de que Bolsonaro tenha passado duas noites no local, em fevereiro, para evitar uma possível prisão. Como embaixadas são áreas invioláveis, ele só poderia ser detido por agentes brasileiros no local com o consentimento do governo húngaro.
A informação de que Bolsonaro teve uma estadia de dois dias na embaixada foi publicada pelo jornal The New York Times. Após a publicação da reportagem, a defesa do ex-presidente admitiu a estadia de Bolsonaro no local, mas alegou que o objetivo foi “manter contatos com autoridades do país amigo” e que, no período, o ex-presidente “conversou com diversas autoridades húngaras “atualizando os cenários políticos das duas nações”.
