Ontem, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, sem provas, que ONGs estariam por trás dos incêndios; o Ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles fala em fake news — mas a Nasa desmente. As fotos registradas por satélite dão uma dimensão ainda mais assustadora do que está acontecendo com a floresta considerada o “pulmão do mundo”.
As queimadas que atingem a Amazônia desde o fim de julho têm sido tão fortes que podem ser vistas do espaço, segundo fotos do satélite Aqua, divulgadas pela Agência Espacial dos Estados Unidos, a Nasa, nesta quinta-feira, 22 de agosto.
Há semanas a floresta Amazônica está em chamas, o que chegou a causar, inclusive, um efeito de escurecimento do céu no Estado de São Paulo, na última terça-feira, 20, devido à forte onda de fumaça.
As imagens da NASA mostram que parte do mapa brasileiro está coberto por uma densa névoa acinzentada vinda de Rondônia e do Acre.
Em relação a 2018, as queimadas no Brasil aumentaram 82%. Neste ano, foram 71.497 focos, ante 39.194 em 2018, o que representa a maior alta já registrada e também o maior número em 7 anos no país.
Devido à alta no desmatamento da Amazônia, Alemanha e Noruega anunciaram a suspensão do repasse de R$ 284 milhões para a preservação da nossa floresta. Em represália, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) deu com os ombros, e mostrou não ter tato para as relações diplomáticas.
Fonte/imagens-NASA
Paulo Marcelino