ENTREVISTA DE LULA AO PODPAH ENTERRA BOLSONARO NAS REDES
Por Miguel do Rosário do Portal O cafezinho.03 de dezembro de 2021
(Foto: Ricardo Stuckert)
Era uma vez um tempo em que o mundo político dava grande importância a opinião de meia dúzia de colunistas de jornal.
Foi nesse mundo que Lula se elegeu em 2002, e as crises que teve de administrar em seus dois governos foram exercícios complexos de relações públicas com essa mídia tradicional.
Aí nasceu a internet, e o poder da mídia como “influencer” no mercado político começou a declinar rapidamente.
Até ontem.
A entrevista de Lula ao Podpah, com audiência simultânea de mais de 300 mil pessoas, inaugurou uma nova era na política brasileira, na qual Bolsonaro não é mais a força hegemônica.
A recepção calorosa e amistosa dos entrevistadores do Podpah sinaliza duas grandes mudanças na conjuntura política deste final de 2021.
Uma delas é a celebração de um pacto tácito entre os grandes influencers populares e a candidatura Lula. Esse pacto vem sendo construído há meses. A entrevista de Lula ao podcast de Mano Brown no Spotfy, em setembro, foi o primeiro marco desse movimento. A propósito, a própria plataforma divulgou há dias de que a entrevista de Lula ao rapper paulista foi o podcast de maior audiência no Brasil em 2021.
A segunda mudança é a derrota, em qualidade e quantidade, de Bolsonaro nas redes sociais. Para efeito de comparação, a live de Bolsonaro de ontem, exibida mais ou menos no mesmo horário da entrevista de Lula, tem hoje 90 mil visualizações. A entrevista com Lula ao Podpah já tem 3,4 milhões de visualizações, e crescendo rapidamente a cada minuto.
Com picos de mais de 300 mil de pessoas assistindo simultaneamente, a entrevista de Lula inaugura um novo momento político no país, onde Bolsonaro não mais é mais hegemônico.
Agora é também a figura política que gera mais mobilização na internet.
A entrevista ao Podpah estorou a bolha da esquerda, e tem potencial de fazer o petista não apenas ganhar mais alguns pontos nas próximas pesquisas, como de reduzir sua rejeição em setores estratégicos da sociedade, especialmente nas periferias das grandes cidades.
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